Como não se tornar prisioneiro da própria família
- Nanci Valentim
- 25 de nov. de 2024
- 2 min de leitura

Quem nunca teve a impressão de ser esmagado por uma realidade sobre a qual não podia influir?
Não é a realidade em si que nos prepara para uma armadilha e sim uma representação dessa realidade construída com o passar dos anos e dos acontecimentos.
Cada pessoa desempenha um papel bem específico no roteiro familiar e a distribuição desses papéis é feita à revelia de todos. A armadilha se fecha, um sistema rígido se instala e todos se sentem prisioneiros, alguns membros da família sofrem, sintomas aparecem...
Tente perceber o que lhe acontece, de que maneira você participa delas sem querer e como faz para sair desse círculo vicioso no qual está preso com os parentes?
Como faz para conseguir delimitar o seu território? Fazendo com que seja respeitado pelas pessoas que lhe cercam, sem provocar hostilidade e conseguir aliados e não adversários.
Se a família pode ser o lugar de todos os sofrimentos, por que a família não pode ser também um lugar de liberdade? É possível compreender como é possível nos amarmos tanto e brigarmos tanto?!
Saber refletir e fazer perguntas que nos aprisiona para dar um novo ar às relações, facilitar a vida em família, abandonar, de uma vez por todas, as ideias preconcebidas, as histórias ultrapassadas, penosas e imutáveis.
Refletir e se comunicar de maneira diferente com o cônjuge, os pais, a irmã ou com o filho.
É nossa a capacidade de modificar as regras do sistema em que vivemos que permitirá a todos os membros da família terem acesso à mudança.
Assim é que os vínculos que nos unem reciprocamente, lugares e causas de sofrimento, poderão ser os próprios caminhos da nossa libertação e da deles.
(Texto adaptado do livro de Mony Elkaïn, "Como sobreviver à sua própria família, 2008)



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