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Comunicação: uma desconexão evidente entre o dizer e o fazer

  • Foto do escritor: Nanci Valentim
    Nanci Valentim
  • 25 de nov. de 2024
  • 1 min de leitura
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O erro mais frequente na comunicação verbal é a suposição de que, ao expressarmos algo, isso já está resolvido. Essa visão simplifica a complexidade entre falar e concretizar.


Há uma clara desconexão entre o dizer e o fazer. O que verbalizamos muitas vezes não reflete totalmente as ações, pensamentos e sentimentos que experienciamos. Conversas comuns, longe de expressar o essencial, muitas vezes servem mais como distração. Preenchemos o tempo sem abordar o que é realmente significativo.


Numa conversa informal, como num encontro com amigos ou familiares, há uma espécie de "teatro social". Cada participante tenta ser o protagonista, buscando a atenção do grupo. Não se trata apenas de falar, mas de desempenhar um papel perante uma audiência. O objetivo é mais conquistar o palco do que expressar algo genuíno.


Em essência, o conteúdo da conversa relatada é o que realmente está em jogo. Muitas vezes, o que se diz está distante da verdade, ou até contradiz o que se sente ou se faz.


O diálogo habitual não é tanto uma troca de ideias autênticas, mas uma atuação, onde os indivíduos encenam uma versão de si, moldada pelas expectativas dos outros e pelas suas próprias.


Falar, então, está mais relacionado à construção de uma imagem idealizada do que à revelação autêntica de quem somos, o que sentimos ou o que fazemos.


Para entender verdadeiramente a dinâmica das conversas, é preciso considerar essa dissonância entre o que se diz e o que se é. A partir daí, podemos explorar a profundidade das interações humanas e perceber que, muitas vezes, as palavras são apenas reflexos superficiais das realidades interiores que carregamos.

 
 
 

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