Falência das famílias: reestabeleça a capacidade de diálogo entre diferentes pontos de vista em sua família

Dentro da configuração familiar existem responsabilidades pelos afetos e pelas obrigações recíprocas, a crise nos faz um convite à solidariedade entre as pessoas, muitos processos podem ser evitados se tivermos boa-fé, fazer uso da mediação, ter mais colaboração e razoabilidade.

As famílias precisam recuperar sua capacidade de conversar, muitos casais estão se separando, aumentaram os casos de violência doméstica, muitas famílias viram a necessidade de redistribuir os cuidados com seus pais ou avós idosos, ou a atenção e auxílio nas atividades escolares dos mais novos, o momento atual mostrou a fraqueza e a fragilidade de alguns laços que até então estavam em vigor e a necessidade de ser mais solidário.

As pessoas mais atentas conseguem perceber que vivemos um período de desestruturação da vida cotidiana, que corre o risco de proporcionar a falência de muitas famílias, principalmente as que não respeitam momentos de individualização e autonomia do outro, trazendo desarmonia na convivência.

Não venho apontar soluções, apenas caminhos de reflexão e promoção do diálogo entre diferentes pontos de vista, precisamos de mais tolerância e de estratégias para lidarmos com nossos piores momentos. Reflita do ponto de vista da dignidade humana, se você já riu da dor alheia, se já perdeu o controle diante de provocações. E quem sabe assim, em vez de julgarmos o outro, crescemos graças ao outro. Respeite quando alguém precisar ficar em silêncio, afastado, necessitar de um tempo para respirar, ou quando tiver uma reação impulsiva.

Os momentos trágicos sempre nos fazem aprender mais, restabeleça a capacidade de conversar, jantar, almoçar, tomar cafés juntos, estabeleça horários de encontros, de escuta e conversa. O respeito é muito importante e traz muita sabedoria para as horas de crise.